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Mostrando postagens de agosto, 2014

E se!

Para onde vão as desculpas, os medos, a falta de coragem? Onde vão? Onde! Procuro tudo isso, em que lugar. Posso encontrar? Como palavras podem reparar fatos? Não podem! Isso é fato. E se! Mas elas – as palavras -, assim, jocosas como são, podem talvez atenuar os fatos. Tornarem, menos impetuosos e mais humanos.

São Luís do Maranhão: o relato de uma experiência

Dou início a este texto da seguinte maneira, como venho sempre dizendo, “experienciar” é decisivo para formação humana, se negar a experiência por capricho ou por comodismo, puro e simples, é minar a humanidade, de um qualquer ou de uma qualquer. Aos que foram a São Luís do Maranhão é certo, não são mais os mesmos, “experienciaram” em suas singelas individualidades o vigor generalista e total da cultura humana, sentiram se permitiram, não se furtaram de ouvir, ver e falar quando fosse solicitado. Se a alteridade cultural e dada pelos sentidos, pelo estranhamento. A humanidade vista enquanto ontologia dos seres sociais envolve esses sentidos pelo espírito, a consciência, despojando-nos do contato meramente sensorial, típico da alteridade. Se fosse possível, é claro que não é, representar toda a dimensão ontológica, humana, numa metáfora, a meu ver, seria a seguinte: como quando o jangadeiro sai da segurança da baia e se depara com o oceano profundo, denso, intenso, crítico, assustador e...

Solidão

Até então não entendia o que queria dizer , quando alguém falava de solidão. Sempre imaginei que este estado de espírito arrebatava as pessoas do seu cotidiano e as lançava em um status pleno de amargura e dor. Mas isso só podia ser coisa de solidão imaginada, jamais sentida. Por esses dias posso ver, sentir e ouvir como quando descobri que a ingenuidade não sobreviveria ao caudaloso e frívolo pântano em que nos metemos. Chamamos isso de cotidiano... Ingenuidade, á ingenuidade! Em seu nome tomei palavras e cuspi sangue. Mas que azar o meu só tropeçar aos vinte e poucos anos com Brecht e sua desconfiança dialética. Solidão, longe do que os cantores de modinhas dizem não significa estar sozinho. Embora, sozinho signifique apenas isso! Minha solidão é de outra natureza, se é que há natureza nisso. Falo da solidão do trabalho. Vejo neste trabalho algo que me distancia de tudo o que já vivi e, ao mesmo tempo, me relaciono comigo e com o mundo de uma forma que nem pude imaginar. Solidão é pe...