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Despedida

In memorian – Carlos
                                                                                                             

A despedida coloca em movimento, aumenta as distâncias, inicia novos ciclos e encerra outros. Para nós, seres humanos, a despedida é sempre difícil. Mas, o que é mais difícil despedir-se ou não despedir-se, encerrar e dar início. Assim, com essa sensação de um movimento perpétuo, nos despedimos. Fazemos e refazemos nossas cerimônias de despedida. Enterramos pessoas, mas antes nos despedimos delas, mas há despedidas que duram mais tempo, a despedidas que logram em nossos espíritos à memória indelével. Talvez seja essa a finalidade das despedidas! Perdemos alguém, que encerra o ciclo da vida, ou no transcurso de nossas histórias tangenciemos retas distintas, mas como já disse o poeta o destino das retas é encontrar-se no infinito. Infinitas são as relações que podem nos colocar em uma mesma esquina 40 anos depois. Sentimos ao nos despedir, algo como que o fim e o começo, temos consciência de que o novo se levantará sobre nossas vistas. Talvez. Mas se a novidade for a ausência, e se a novidade for apenas uma profunda e indelével dor, e se a novidade significar apenas sofrimento? Bem, despedidas são necessárias, pois, como haveria de ser quando alguém se vai? Como haveria de ser quando somos surpreendidos com o fim abrupto de uma vida? Hoje. Agora! Estou sentindo uma sensação semelhante a que descrevi nessas linhas, sinto falta, ausência. Sinto que me despedi de alguém querido. Bem, esse é meu adeus meu amigo.

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