Pular para o conteúdo principal

Participação para quê?

Se a apatia política dos indivíduos traduz o desinteresse pela política, atribuindo-a exclusivamente aos políticos profissionais, a participação pode ser compreendida como oposto, revelando não somente o interesse difuso e genérico, mas além disso, enseja a tentativa de ação concreta. A participação pressupõe intervenção direta dos indivíduos na política, na busca de exercer poder sobre as decisões políticas em âmbito local, regional e nacional. Envolvendo questões que ultrapassem a satisfação das necessidades imediatas. Após essa sistematização do meu pensamento me foi colocada uma questão, de que forma a participação, ou melhor por quem e em que medida se faz legitima na transformação social? Por alguns minutos gaguejei, e por várias horas pensei, pensei e pensei, acho que ainda vou pensar por vários meses quiçá anos. O que torna pertinente perquirir sobre a forma, a classe e os rumos da participação é seu caráter concreto, ou seja, a participação não se faz de cima para baixo, de outra forma ela não se faz da instituição para os indivíduos. Se acaso for, essa perde o sentido por se prestar apenas a uma mera formalidade. A participação que se faz de baixo para cima é entendida é a meu ver a forma unívoca de articulação e mobilização das classes trabalhadoras em contraposição a burguesia, isto é, a participação enquanto conceito é o produto das ações coletivas das classes trabalhadoras mobilizadas que enseja a possibilidade da transformação social. Poderia dizer que a participação enquanto conceito pode ser interpretada por diferentes formas, mas quanto a essência da participação somente as classes trabalhadoras poderiam captar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Crise na Europa

E ai e o Renato novamente e vou falar da crise na Europa.Quem está acompanhado as notícias pode ver que o continente europeu está sofrendo uma grande crise nas suas economias sobretudo países como Espanha,Portugal e Grécia o resultado disso são milhares de jovens nas ruas que enfrentam as forças policiais e tem o grande temor de perderem seus empregos.Organismo internacionais como FMI não estão nem um pouco preocupados com o bem estar do povo está apenas disposto a exigir do governos duros ajustes fiscais que prejudicarem sobretudo os setores mais fragilizados da sociedade como os pobres,jovens e idosos.Já vimos esse filme antes na nossa America Latina onde medidas de duro ajuste fiscal aumentaram ainda mais a pobreza e a desigualdade social do continente.O que e triste e que mesmo governo ditos de esquerda como do PSOE de Zapatero na Espanha e Socratés em Portugal adotaram medidas que pouco diferenciam daquelas realizados pelos governos de direita e o resultado eleitoral e um fortalec...

Justiça e cidadania?! Em que parâmetros?

Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 170, de 2006, do Senador Valdir Raupp, que altera o art. 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, para incluir, entre os crimes nele previstos, o ato de fabricar, importar, distribuir, manter em depósito ou comercializar jogos de videogames ofensivos aos costumes, às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos. Como devemos proceder quando vemos um projeto de lei que tem como fundamento ofensas aos nossos símbolos ou costumes?Então qual serão os critérios que "classificaram" como ofensivos os jogos.?  Levando a consideração a redação do projeto de lei e, observando como se corroboram elementos que são ofensivos a nossa cultura através das fontes midiáticas de informação e formação de estereótipos. Antes porém entendo que a cultura os credos, costumes não estão alheios as forças produtivas as quais transformam e são transformados nesse jogo dialético.  Só m...

Jornalismo! Isso existe em Goiás??

Em Goiás temos algumas emissoras de TV que se dizem sérias, suas matérias superficiais, com pautas que não trazem nenhuma informação que já não esteja condicionada por interesses governistas ou de reprodução de um sistema excludente.  O que mais me intriga, é simplesmente o fato de que às notícias vinculadas em cada programa não contemplam as necessidades de informação, mas condicionam os que passam tempo "na frente" da TV que tomam muitas informações como verdade e elegem uma classe de indivíduos como intelectuais de nosso estado. Vemos todos os dias reportagens toscas que atendem um público que se coloca enquanto consumidor desse lixo, classes médias e classes menos abastadas socialmente. Em duas destas emissoras, existem programas com enfoque policial, estes programas tem apresentadores com uma formação minimamente duvidosa, com posicionamentos, preconceituosos, racistas, classistas, machistas e etc. Não conseguem perceber o todo social e como os indivíduos se colocam nest...