Se a apatia política dos indivíduos traduz o desinteresse pela política, atribuindo-a exclusivamente aos políticos profissionais, a participação pode ser compreendida como oposto, revelando não somente o interesse difuso e genérico, mas além disso, enseja a tentativa de ação concreta. A participação pressupõe intervenção direta dos indivíduos na política, na busca de exercer poder sobre as decisões políticas em âmbito local, regional e nacional. Envolvendo questões que ultrapassem a satisfação das necessidades imediatas. Após essa sistematização do meu pensamento me foi colocada uma questão, de que forma a participação, ou melhor por quem e em que medida se faz legitima na transformação social? Por alguns minutos gaguejei, e por várias horas pensei, pensei e pensei, acho que ainda vou pensar por vários meses quiçá anos. O que torna pertinente perquirir sobre a forma, a classe e os rumos da participação é seu caráter concreto, ou seja, a participação não se faz de cima para baixo, de o...
Não é, deveria ser, mas é outra coisa.