Pular para o conteúdo principal

Violência, discurso e fundamento

Olha só no que eu fui me meter.
Recentemente estava navegando pela internet como de costume e me deparei com uma postagem. Postagem essa que me pareceu um tanto superficial e intrinsecamente elitista(http://muro-da-vizinha.blogspot.com/2011/05/peticao-publica-brasil-confirmacao.html), pois bem, resolvi comentar e ai vai meu comentário na integra( até com o péssimo português), mas o que há de interessante são as respostas ao meu comentário que estão presentes nesse post.

Cara, tem pessoas que são ignorantes politicamente falando, inclusive o don@ deste blog. Vivemos numa sociedade hierárquica, falocêntrica , subalternizadora, que atende a interesses de uma classe que têm o capital e é dona dos veículos de informação midiáticos. Portanto produz e reproduz ideologias, culturas e o modo legítimo de se pensar e agir de muitos indivíduos tais como vc que posta uma merda como essa. 
Entendo que a violência é um problema social, porém reduzir a maioridade penal para 14 anos é assinar a sentença de condenação de quem já não se insere dentro da lógica do capital. Vejo que vc além de ser reacionário, deve ser uma daquelas pessoas das classes médias, que pensam ser ricas e não são! Se acha muito civilizada enquanto pessoa por não vivenciar o cotidiano de pessoas que nem através de políticas públicas poderiam acender socialmente. 

Vc se acha muito instruído publicizando este tipo de posicionamento, entendo vc como um "batalhador"(como diria Jesse Sousa) reproduz um arbitrário cultural que não é seu, más é legítimo e hegemônico. Desse modo, quero apresentar a vc bom classe média, que sua opinião é elitista, reacionária. Essa postagem demonstra que o melhor a fazer mesmo com quem não consegue se inserir no sistema capitalista é prender, utilizar-se da violência legítima do Estado para mantê-los inertes. Não sou favorável a violência! No entanto também não sou a favor de segregação social e espacial, nem a favor de discursos elitistas que culpam o indivíduo por ser violento, pobre, sem instrução.


Pessoal, não sei se ela se ofendeu por eu ter sido muito ácido nas minhas críticas ou se ela confirma minhas afirmações no texto acima.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O retorno da luta de classes no Brasil

A discussão iniciada pelo Prof. Ruy Braga compreende a atual realidade brasileira, no tocante a luta de classes, bem como analisa o significado dos governos Petistas, ou, por suas palavras "hegemonia lulista".

Justiça e cidadania?! Em que parâmetros?

Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 170, de 2006, do Senador Valdir Raupp, que altera o art. 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, para incluir, entre os crimes nele previstos, o ato de fabricar, importar, distribuir, manter em depósito ou comercializar jogos de videogames ofensivos aos costumes, às tradições dos povos, aos seus cultos, credos, religiões e símbolos. Como devemos proceder quando vemos um projeto de lei que tem como fundamento ofensas aos nossos símbolos ou costumes?Então qual serão os critérios que "classificaram" como ofensivos os jogos.?  Levando a consideração a redação do projeto de lei e, observando como se corroboram elementos que são ofensivos a nossa cultura através das fontes midiáticas de informação e formação de estereótipos. Antes porém entendo que a cultura os credos, costumes não estão alheios as forças produtivas as quais transformam e são transformados nesse jogo dialético.  Só m...

Jornalismo! Isso existe em Goiás??

Em Goiás temos algumas emissoras de TV que se dizem sérias, suas matérias superficiais, com pautas que não trazem nenhuma informação que já não esteja condicionada por interesses governistas ou de reprodução de um sistema excludente.  O que mais me intriga, é simplesmente o fato de que às notícias vinculadas em cada programa não contemplam as necessidades de informação, mas condicionam os que passam tempo "na frente" da TV que tomam muitas informações como verdade e elegem uma classe de indivíduos como intelectuais de nosso estado. Vemos todos os dias reportagens toscas que atendem um público que se coloca enquanto consumidor desse lixo, classes médias e classes menos abastadas socialmente. Em duas destas emissoras, existem programas com enfoque policial, estes programas tem apresentadores com uma formação minimamente duvidosa, com posicionamentos, preconceituosos, racistas, classistas, machistas e etc. Não conseguem perceber o todo social e como os indivíduos se colocam nest...