Existem muitos mitos sobre a utilização da cannabis enquanto "narcótico"(narcótico adj.1. Que faz adormecer.). O que mais incomoda a todos é a possibilidade de perder neurônios através do consumo da mesma, este discurso que ainda faz parte desta ambiência concervadora. Porém na década de 1990 Neurocientistas divulgam manifesto em defesa da maconha. "Segundo o texto, na década de 1990, pesquisadores identificaram receptores capazes de responder ao tetrahidrocanabinol (THC), princípio ativo da maconha, na superfície das células do cérebro. Essa descoberta revelou que substâncias muito semelhantes existem naturalmente em nosso organismo, permitiu avaliar em detalhes seus efeitos terapêuticos e abriu perspectivas para o tratamento da obesidade, esclerose múltipla, doença de Parkinson, ansiedade, depressão, dor crônica, alcoolismo, epilepsia, dependência de nicotina etc."
A SBNec( Sociedade Brasileira de Neuro Cientistas ) afirma que o uso da cannabis vai além do seu efeito "narcótico" é utilizado também na sobrevivência de células tronco. Mais um avanço que demonstra que estamos caminhando em direção a democracia a lei 11.343 de 23 de agosto 2006 Parágrafo único. Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetaisreferidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.
Vejam como o discurso sustentado pelo concervadorismo é facilmente refutado pela ciência, por isso este artigo tem caráter político, meu posicionamento é latente tendo em vista que percebo no discurso que criminaliza o uso e a produção individual,um teor de moralidade, e sem fundamentação, teórica e empírica.
Quando leio ou vejo reportagens que colocam a maconha como uma droga que sustenta o crime organizado fica evidente que se trata de um discurso muito bem elaborado pela, polícia, veículos de comunicação midiáticos e principalmente as religiões de origem cristã. Já que é sabido que não é uma das subistâncias ilicitas que tem um valor comercial alto.
Existem relatos da origem do contato da humanidade com a Cannabis na Ásia central; na China, existem registros do uso das fibras de Hemp mesmo antes do ano 2800 A.C. "no ano 2700 A.C. a cannabis era utilizada na medicina chinesa como um analgésico, anestésico, antidepressivo, antibiótico e sedativo. No decorrer da história, vários povos encontraram usos medicinais para a cannabis".(http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/maconha/planta.html).
Então percebam vocês que estaram lendo esta postagem, que a cannabis trás benefícios para quem utiliza-se dela, porém isso é subsumido por um discurso moralista e ao mesmo tempo desenteressado por parte das elites que tem o controle do capital e dos meios de produção industrial. Faço mais uma colocação, que é produto de intensos debates com outras pessoas engajadas como eu, de que, se o Estado se regulamentar tanto o uso quanto o consumo e também a produção e se existir por parte desta elite econômica interesse comercial pela cannabis, tenho certeza de que a produção "industrializada" e a regulamentação do Estado, poderia fomentar formas liciatas de uso, venda e produção individual.
Concordo com o ponto de vista esclarecido no texto, a maconha deve ser legalizada para um maior controle da qualidade e da saúde das pessoas que a utilizam. A Canabis deve deixar de ser um instrumento na mão do tráfico. Creio que esse desperdício de dinheiro público, relacionado a segurança, irá diminuir muito, pois a maconha como substância "narcótica" é a mais consumida; e sem essa história de ser a porta para as outras drogas, com a retirada desse produto da ilegalidade, fará com que os traficantes não mais se apropriem do lucro da Canabis.
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